quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Início (Introdução)

Já dizia a frase bíblica: “...quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!”

Desde pequeno tenho uma grande fascinação pela arte escrita e embora não seja um mestre nesta arte, busquei fazer com que todo o sentimento que perdura em meu ser fosse expresso em forma de poesia.

Neste caminho muitos foram os que direta ou indiretamente contribuíram para a minha inspiração e para a realização desta obra que há tanto tempo tenho em minha gaveta e que agora tenho o prazer de trazê-la a público revelando boa parte da minha intimidade.

Sempre fui fascinado pelo Amor e por toda gama de sentimentos que ele gera, talvez este seja o fator decisivo para tantas poesias apaixonadas e a respeito do tema. Peço ao amigo leitor que se em algum momento desta obra sentir que fui demasiadamente repetitivo me desculpe, mas é fato que o Amor e seus alicerces estão presentes em nosso dia a dia fazendo, influenciando, mudando nosso modo de ser e eu não tenho como fugir desta realidade. Porém, peço ao amigo leitor que repare na sinceridade com que exponho este sentimento e o meu modo de senti-lo, pois meu objetivo é revelar a todos o que aprendi e toda a capacidade que ele me deu de ter uma visão mais crítica a respeito de nós seres humanos, de mim mesmo e de todos os acontecimentos da atualidade.

Espero que seja um livro agradável a todos e se em algum momento você identificar-se com algo aqui testemunhado o objetivo do mesmo terá sido cumprido.

ANDRÉ CARVALHO

NOTA: As poesias ficaram em ordem contrária ao livro impresso, sendo o primeiro poema do livro o entitulado "A Casa".

Pense Pense

Pense, pense, pense,
Pense, pense,
Pense, pense
Apenas pense.
Apenas pense.

Só de Pensar em Você

Só de pensar em você
Vou longe, tão longe
Só para estar com você.
Colho uma flor
Só para lembrar de você
Faço qualquer coisa
Para sempre ter você.
Não há saudade que faça
Eu me entristecer
Me sinto tão bem
Só de pensar em você.
Não acredito que o tempo seja capaz
De me fazer te esquecer
Nem a distância separa
Meu pensamento de chegar até você.
Me sinto vivo, cheio, leve e alegre
Só de pensar em você,
Todo meu propósito para viver.
Viver, viver até morrer
Só com você
Só penso em você.

Passado Passado

Nunca olhe para trás
Talvez você veja o que não que ver
O passado talvez esteja em sua volta
Mas para que olhar?
Já não está tudo bem?
Tudo que se vê é por um momento falso
Talvez quando limparem essas caras sujas,
Tudo será corretíssimo.
Nesses sonhos meus olhos se fecham
Tudo em câmera lenta
Talvez um dia algo nos fará dizer não
Mas tudo bem, a gente olha tudo sem razão
Não sei se ama alguém por toda vida,
Mas que ama por muito tempo, isso eu sei
Tudo tem uma cara, tem um preço
Cada cara uma cara, cada alma um preço
Sonhamos mentiras, nossa realidade não é de verdade
Tudo o que se sonha é realidade
Talvez não seja a hora certa de olhar para trás
Talvez mais tarde, seja tarde demais
Não quero ir para voltar sem direção
É realmente muito difícil entender o coração
Ele diz sim , a mente diz não
Mas um dia,
Não pensava como era bom
Agora tudo é solidão
Só que esta solidão me faz pensar
Que todo errado é certo e que só não é certo
O que outros pensam estar errado
Queria poder pensar com minha cabeça
Então talvez seria livre, em quem sabe
Até poderia sonhar
Todos os casos de amor são iguais
Mas tão iguais são as pessoas que vivem ao teu lado
E se tudo se revoltasse, meu coração parado ia bater
E todo meu ser ia muito se chocar com o mundo
Porque talvez haja dentro do meu ser
Algo que a hipocrisia que me rodeia não me deixa revelar.
Mas só eu sei que era a vontade de ver
A vontade de viver sem olhar para trás

Tudo de Você

Tudo em você me agrada
Do teu nome até tua cara
Minha coisa doida, maluca
Parece que é enfeitiçada
Dona de divinos traços
Sem você me perco
Com você me acho
Pareço doido varrido
Longe de você me grito
Quero achar a fórmula do laço
Para ver se em você me encaixo
Dona de todos os momentos
A cabeça é invento
Uma hora é remédio
Noutra é veneno
Me perco no espaço
Vou voando aos teus braços
Acho na vida a cor do infinito
Tropeço nas palavras
Viro menino
Faço qualquer coisa por um abraço
Procuro no escuro mas não acho
Está dentro de mim
O Dom divino de amar
Dona da minha poesia
Alegria me faz transpirar
Tudo em você é belo tem cor
Estás revestida na rima mais certa
Envolta de Amor
Minha divindade de beleza pura
Não encha sua vida de tristeza ou amargura
Eu sei amiga bem
A vida as vezes é dura
Pense comigo
Algo diferente
Pense em mim
Como minha amada pois
Tudo em você me agrada
Do teu nome até tua tara.

Pensamento Dissonântico

Tem anos que tentando escrever algo
E muitas vezes não tive o que escrever
Quis achar a fórmula para fazer poesia
Pois dentro de mim algo está escondido
Lá no fundo, querendo sair de alguma forma
Uma folha branca, lápis ou esferográfica
Não posso ver que sinto vontade de escrever
Mas escrever sobre o quê?
Cada hora um sentimento flui em meu pensamento
De todos, o Amor, é o que mais se sobressai
A muito tempo associei que o papel branco quer Amor
Talvez porque seja puro Amor a arte de escrever
Bem, todos os poetas escreveram a respeito do Amor
E eu, como não poderia deixar de ser, também fiz a minha parte
Mas há coisas mais para se escrever
Como a grande vontade de ver o mundo crescer
Sim, porque com tudo que se vê...
Despertar a consciência humana, o respeito ao próximo
Sem falar do intelecto! O que diriam os grandes pensadores
Se vissem a “tropissacanagem” existente no nosso dia-a-dia?
Você pode até dizer: - que se dane os grandes pensadores!
Mas não sou “grande pensador” e tenho uma grande preocupação
Faz parte da minha educação. “Um país educado é um país
desenvolvido”
Por isso a preocupação minha de poeta de não escrever em vão
Pois para mim a maior recompensa será tocar em um coração
Acho que qualquer um se sente orgulhoso
Quando faz algo que modifique uma ação, pense
Existem diversas formas de expressar uma indignação
Mas no momento minha vontade é transmitir alegria
Afinal é da poesia cheia de Amor que vive meu coração
Ainda encontrarei o caminho correto para que minha palavra
Não seja tão exata mas de mansidão
Então vou treinando a arte de escrever, eu poeta amador
Até conseguir transmitir tudo que se passa no meu coração.

Vazio II

Não há nada em meu coração
Não há nada em minha cabeça
Só angústia de estar sozinho
Só a aflição dos dias vazios.

Tudo é difícil de ver
Ver na escuridão o silêncio
Das palavras que saiam da sua boca
Do silêncio que saia dos teus olhos.

Tudo bem, não adianta subir agora
Tudo bem, não adianta sumir agora
Tudo louco, tudo parece estar muito louco.

Do silêncio inexato dos teus lábios
Da minha vida sem Paris
Da minha boca esplêndida de desejos
Dos olhos amargos dos ventríloucos
Do sol que te irradia e te faz brilhar
Da minha morte, que não me deixa descansar.